CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
LUCKESI, HOFFMANN E OUTROS ESPECIALISTAS DISCUTEM SOBRE O TEMA
As discussões que envolvem a avaliação da aprendizagem são polêmicas e muitas vezes geram uma certa contradição entre teoria e prática. Nessa curta postagem pretendo trazer algumas considerações e indicar alguns vídeos para melhorar a nossa concepção sobre o tema.
Recentemente publicamos o artigo "Vai Cair na Prova"? em que discutimos a função da aula e da avaliação sobre a aprendizagem. Recomendo essa leitura, clique aqui para ler mais sobre o assunto.
É importante frisar que a avaliação, dentro de uma concepção de escola progressista, de uma escola que trabalha para a apreensão de competências e habilidades, tem como principal objetivo diagnosticar periodicamente a aprendizagem dos nossos alunos. Avaliar para quantificar, classificar e atribuir uma nota já não faz sentido (ainda que na prática, é o que ocorre).
A concepção de avaliação para um professor, está estritamente ligado à sua concepção de educação e de escola. Se um professor acredita que a função da escola é a de fazer o aluno memorizar a maior quantidade possível de informações e dados, a avaliação terá somente este fim. Mas, se o professor acredita que a escola deve contribuir com o desenvolvimento de habilidades, a avaliação tenderá a seguir este caminho.
A concepção de avaliação para um professor, está estritamente ligado à sua concepção de educação e de escola. Se um professor acredita que a função da escola é a de fazer o aluno memorizar a maior quantidade possível de informações e dados, a avaliação terá somente este fim. Mas, se o professor acredita que a escola deve contribuir com o desenvolvimento de habilidades, a avaliação tenderá a seguir este caminho.
Sem querer me alongar, vou sugerir três vídeos para contribuir com a nossa formação continuada:
O primeiro vídeo é uma entrevista com a Profa. Jussara Hoffann, em que se discute sobre as concepções de avaliação no século XXI. Neste vídeo, a professora traz a reflexão de que foi a partir da massificação do ensino, que a avaliação passou a ser um ato burocrático (tal qual eu escrevi acima).
Neste vídeo ainda será discutido sobre a crescente preocupação com os índices de aproveitamento dos alunos (algo que, no limite, pode se tornar uma tremenda paranoia pedagógica).
Neste vídeo ainda será discutido sobre a crescente preocupação com os índices de aproveitamento dos alunos (algo que, no limite, pode se tornar uma tremenda paranoia pedagógica).
O segundo vídeo, protagonizado por Cipriano Carlos Luckesi, também se afirma que na história da educação a avaliação teve como objetivo a seletividade, verificar se aprendeu (memorizou) ou não.
Luckesi afirma que a função da avaliação é a de garantir o sucesso - dos alunos - dos professores - em todas as áreas do conhecimento.
Um fato muito importante que devo chamar a atenção neste vídeo é o de que a "avaliação por si só, não resolve nada, quem resolve é a gestão. A avaliação é um instrumento para produzir um indicativo". Pois bem, fica a pergunta: Qual é a gestão pedagógica que realmente utiliza a avaliação enquanto um indicativo de processo de aprendizagem? Creio que essa discussão ainda é muito tênue nas escolas.
Entendo que a avaliação, enquanto um instrumento de gestão pedagógica pode (e deve) oferecer o diagnóstico sobre a aprendizagem, mapeando as principais dificuldades dos alunos para que o professor tenha maior clareza do que ele deve (ou não) centrar maior foco em suas aulas.
Por fim, o terceiro vídeo discute as diferenças entre avaliação somativa e formativa.
Neste vídeo, chamo a atenção para alguns pontos:
1. Nenhum país resolve seus problemas de educação sem resolver os problemas da avaliação.
2. A avaliação, de acordo com a LDB 9.394/1996 deve ser contínua e cumulativa, ou seja, os aspectos qualitativos deve prevalecer sobre os quantitativos.
3. A avaliação formativa deve estar estritamente ligada ao plano de trabalho do professor e ao desenvolvimento das habilidades requeridas nos diferentes segmentos de ensino (aqui podemos tratar, inclusive, da apreensão dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais).
4. As avaliações externas podem oferecer boas oportunidades de sondagens aos professores, uma vez que são realizadas de acordo com a Teoria de Resposta ao Item, ou seja, são estritamente verificadoras das aprendizagens das habilidades.
Espero que este texto e os vídeos acima lhes tragam boas reflexões e discussões.
Deixem seus comentários abaixo.
Até a próxima!
Prof. Ivan Claudio Guedes.
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